quinta-feira, 21 de junho de 2012

O mundo é um grande Bule!


(enquanto escrevia, eu estava escutando um som muito bonito. Sem muita explicação, me fez voar nesse tema. Então, sugiro o mesmo pra sua leitura: voe!)

O materialismo tem tornado a realidade um grande bule. Minha mãe sempre fala que o meu avô dizia o seguinte: Bule é o lugar de por café [lê-se: pouca fé].

Porque é tão difícil acreditar no que não se vê? Veja bem, não falo de religião. Tenho a impressão de que o ser humano vive uma era materialista, na qual tudo o que é real é apenas aquilo que se vê (e bem visto!). Mas a estrada vai além do que se vê (Los)

Visto por muitos, o mundo há de se explicar. Tudo o que existe deve se explicar ou tende à explicação, inclusive o choro e o sorriso. Que loucura! 

Uma vez eu li que Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia (Aplausos para Shakspr!). Mistérios são Mistérios, e a maioria não se explica, se vive apenas.
Mas como somos todos racionais, pensamos muito com essa caixola aqui. Como deixar toda essa intelectualidade de lado pra viver algo improvável? 

Opa! Espera aí [...] Se você está disposto a viver alguma coisa, o que pode ser mais provável do que esse próprio viver? 

Pensa comigo: toda essa nossa “realidade” diária é verdade até que ponto? Por acaso algo te garante de que amanhã você não será o homem ou a mulher premiada pela promoção do Facebook? (tomara!) e que isso mudará completamente a sua vida, afinal, você foi premiada para ir de passeio a França com o seu amor. E a sua realidade já não será mais a de ir até a praia mais próxima no fim de semana, você irá a Paris!

Em fim, um minuto nessa vida é tempo suficiente pra tudo poder mudar! E pra isso, não existe razão.
Até que ponto ser racional significa encontrar a verdade nessa Terra e tentar achar respostas pra tudo? Já parou pra pensar que o conceito a que nos apegamos da palavra “racional” pode ser um grande devorador de sonhos.

E o amor, por exemplo? Como muitas outras irracionalidades da vida, o amor também não se explica, se vive; não é mesmo? Em partes.
 
Quando amamos, não existe um grande sentido. Apenas sentimos nosso coração ferver e aquilo parece consumir tudo o que somos. Mas o que te leva até esse ponto quente é o segredo.
Nós escolhemos tudo o que queremos viver. Escolhemos acreditar no amor ou decidimos pelo bule de “pouca fé”, como o que comentamos nas primeiras linhas.

Ou seja, escolhemos racionalizar, ou não. Em tudo nessa nossa caminhada. O fato é que, independentemente da nossa escolha, mistérios são mistérios. Eles existem e acontecem muito além do que se vê.

Todo mundo fala disso. Você mesmo é um grande mistério, já parou pra imaginar? Do nada brota uma perna, um braço e um cérebro que pensa em tudo?

Caramba! Isso é muito irracional pro meu gosto. Mas talvez você mesmo seja a maior prova de uma divindade e das não verdades desse mundo. Não deixe que a tua racionalidade acabe com os teus sonhos. Eu tenho uma música que diz o seguinte: “o caminho dessa Terra é vestido de máscaras e a verdade é miragem como chuva que passa.”

E pra terminar, perdão é algo totalmente irracional pra esse mundo. O que você acha de começar por aí?

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